Terceirização ou recrutamento: como escolher?

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A gestão estratégica de pessoas se tornou um diferencial crítico para o sucesso organizacional. Assim, tomadores de decisão nas áreas administrativas enfrentam frequentemente um dilema complexo: optar pela terceirização de profissionais ou pelo recrutamento direto?

Ambas as estratégias apresentam características distintas em termos de flexibilidade, controle, custos e impacto na cultura organizacional. A terceirização oferece agilidade e especialização, enquanto o recrutamento tradicional proporciona maior controle e identificação com a cultura da empresa.

Dito isso, saiba como planejar contratações de forma estratégica e alinhada aos objetivos do seu negócio.

O que é terceirização?

A terceirização (ou outsourcing) é um modelo de contratação em que uma empresa transfere para outra a responsabilidade pela execução de determinados serviços, processos ou funções. Nela, a empresa contratante delega o recrutamento, seleção, contratação e gestão de colaboradores a uma empresa especializada, que disponibiliza os profissionais necessários para executar as atividades demandadas.

Além disso, este modelo permite que organizações se concentrem em suas competências principais, delegando funções específicas a parceiros especializados. Consequentemente, muitas empresas conseguem reduzir custos operacionais enquanto mantêm ou até melhoram a qualidade do serviço.

Vantagens da terceirização:

  • Redução de custos operacionais
  • Flexibilidade
  • Acesso a talentos especializados
  • Foco no core business
  • Redução de riscos trabalhistas
  • Implementação rápida

O que é recrutamento?

O recrutamento tradicional envolve a contratação direta de profissionais que serão incorporados a empresa. Todo o processo, desde a atração de candidatos, seleção, contratação, até a gestão do desempenho, é conduzido internamente pela própria organização, geralmente através do departamento de RH.

Adicionalmente, este modelo permite maior controle sobre a seleção, bem como desenvolvimento e retenção de talentos, criando vínculos mais fortes com a cultura e os valores da organização. Assim, as empresas conseguem formar equipes mais alinhadas com sua visão de longo prazo.

Vantagens do recrutamento:

  • Maior controle sobre processos e pessoas;
  • Fortalecimento da cultura organizacional;
  • Desenvolvimento de talentos internos;
  • Conhecimento retido na empresa;
  • Maior engajamento e senso de pertencimento.

Em suma, empresas com estratégia de longo prazo geralmente valorizam a construção de equipes próprias em áreas estratégicas. Em contrapartida, outras consideram a terceirização como alternativa para funções específicas ou momentos de transformação, por exemplo.

Critérios de decisão

Para entender melhor qual dos dois modelos pode ser mais interessante para o seu negócio, atente-se aos seguintes fatores:

Análise de custos

  • Compare o custo total de cada modelo, considerando não apenas salários, mas também recrutamento, treinamento, gestão, infraestrutura e potenciais custos de rescisão;
  • Avalie o impacto financeiro em diferentes horizontes temporais (1, 3 e 5 anos);
  • Considere o investimento inicial versus economia recorrente.

Entretanto, lembre-se que decisões baseadas exclusivamente em custos podem comprometer aspectos estratégicos importantes para o negócio.

Natureza da atividade

  • Atividades diretamente ligadas à vantagem competitiva e ao core business da empresa geralmente são mais adequadas para recrutamento direto;
  • Funções de suporte, serviços especializados pontuais ou atividades padronizadas são candidatas ideais à terceirização;
  • Avalie o nível de conhecimento institucional necessário para o desempenho da função.

Portanto, analise cuidadosamente a relevância estratégica de cada função antes de decidir pelo modelo de contratação.

Previsibilidade e sazonalidade

  • Demandas estáveis e previsíveis podem favorecer o recrutamento direto;
  • Picos sazonais, projetos temporários ou necessidades flutuantes são ideais para terceirização, por exemplo;
  • Considere a capacidade de prever com precisão as necessidades de pessoal em médio e longo prazo.

Logo, empresas com forte sazonalidade ou crescimento acelerado tendem a beneficiar-se de modelos híbridos ou com maior componente de terceirização.

Disponibilidade de talentos

  • Avalie a escassez de competências específicas no mercado;
  • Considere o tempo e recursos necessários para formar internamente versus contratar profissionais prontos;
  • Analise a curva de aprendizado necessária para a função.

Naturalmente, funções que exigem conhecimentos muito específicos ou raros no mercado podem justificar parcerias com empresas especializadas em terceirização.

Leia também: Habilidades de IA: competências para o mercado de trabalho atual  – Hubber

Planejamento estratégico

As decisões sobre terceirização ou recrutamento direto devem integrar o planejamento estratégico anual da empresa com:

  • Análise de capacidade: Avalie sistematicamente a capacidade atual versus demanda projetada;
  • Mapeamento de competências: Identifique gaps e defina o que desenvolver internamente ou buscar externamente;
  • Planejamento orçamentário: Preveja custos com pessoal, considerando diferentes cenários;
  • Roadmap tecnológico: Antecipe necessidades futuras de competências técnicas.

Em síntese, a estratégia de contratação deve refletir e apoiar os objetivos maiores da organização.

Processo de transição entre modelos

A migração entre modelos de contratação requer planejamento cuidadoso:

  • Análise de impacto: Avalie os efeitos da mudança sobre operações, cultura e resultados;
  • Plano de comunicação: Mantenha transparência com stakeholders e equipes afetadas;
  • Gestão de conhecimento: Garanta que o conhecimento crítico seja preservado;
  • Cronograma faseado: Implemente gradualmente para mitigar riscos e permitir ajustes.

Processos de transição bem gerenciados minimizam impactos negativos e aceleram a captura de benefícios. Por isso, contar com o apoio de uma consultoria especializada é essencial neste momento.

Novas modalidades de contratação

Além dos modelos que vimos, você pode se deparar com outras nomenclaturas utilizadas no mercado, como:

  • Crowdsourcing: Distribui tarefas para uma rede de profissionais independentes;
  • Talent as a Service: Proporciona acesso sob demanda a pools de talentos especializados;
  • Gig economy: Contrata baseado em projetos e resultados específicos;
  • Marketplace de talentos: Conecta empresas e profissionais sob demanda.

Definitivamente, o futuro aponta para modelos cada vez mais flexíveis e adaptáveis às necessidades específicas de cada organização.

Leia também: Como a terceirização atende às demandas do futuro do trabalho – Hubber

Recomendações para implementação

Para implementar terceirização com sucesso, anote essas dicas:

  1. Defina objetivos claros: Estabeleça metas mensuráveis para a terceirização;
  2. Selecione parceiros criteriosamente: Avalie experiência, estabilidade financeira e alinhamento cultural;
  3. Estabeleça governança robusta: Defina papéis, responsabilidades e processos de comunicação;
  4. Desenhe contrato detalhado: Inclua SLAs, penalidades e incentivos alinhados aos seus objetivos;
  5. Invista na transição: Dedique tempo e recursos para garantir uma transferência suave;
  6. Monitore constantemente: Acompanhe KPIs e realize reuniões regulares de governança;
  7. Desenvolva relacionamento de parceria: Estabeleça comunicação aberta e colaborativa.

Acima de tudo, encare a terceirização como uma parceria estratégica do seu RH e não apenas como uma transação comercial.

Para estruturar recrutamento eficiente, as dicas são:

  1. Defina processos estruturados: Padronize e documente fluxos de recrutamento e seleção;
  2. Invista em employer branding: Fortaleça a marca empregadora para atrair melhores talentos;
  3. Utilize tecnologia adequada: Implemente sistemas de gestão de candidatos e ferramentas de avaliação;
  4. Desenvolva banco de talentos: Mantenha relacionamento com candidatos qualificados mesmo sem vagas imediatas;
  5. Implemente onboarding eficaz: Acelere a curva de aprendizado e produtividade de novos colaboradores;
  6. Meça a efetividade: Acompanhe métricas como tempo de contratação, custo por contratação e qualidade das contratações;
  7. Alinhe com a estratégia de RH: Integre o recrutamento com desenvolvimento, remuneração e gestão de carreira.

Portanto, transforme seu processo de recrutamento em uma vantagem competitiva para atrair os melhores talentos do mercado.

Lembre-se: não existe uma resposta única para todas as situações. O importante é fazer escolhas conscientes, baseadas em dados e alinhadas à estratégia de longo prazo da organização.

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